AQUIETAR-SE!
Pobre dos que não param,
não calam e não habitam a si mesmos!
Esses adoecem, engordam demais,
vivem de ansiedade a ansiedade
e nunca podem experimentar a paz.
Pobre e esvaziado sou,
quando não me permito estar em silêncio.
Quando tenho minhas mãos
não no encontro de uma com a outra em prece de paz,
mas ocupadas com controles eletrônicos,
teclados, telefones, chaves do auto ou de portas,
ou simplesmente metidas no bolso vazio de sentido,
mesmo que abastecido de moedas gordas,
ou cartões de crédito que me “aliviam” da ansiedade
no consumo sem critério ético.
Somos uma humanidade sempre mais do barulho,
e por isso mesmo sempre mais perturbada,
descentrada,
destrutiva e medrosa de verdade e de amor.
Permita- me Senhor das Oliveiras, Senhor do
silêncio,
que eu possa habitar em mim,
mesmo que por um instante,
buscando um momento de fecundação,
e que esses instantes, repita sempre mais,
me trazendo leveza, beleza e harmonização. Amém!
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