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FLORIAN MARSCHOUN


Florian Marschoun, 
32 anos, é austríaco de Viena e especializado em Administração e RH. 
Seu Blog www.re-creation.net tem lindas e artísticas fotos de suas longas viagens pelo mundo há pouco tempo. Há anos, de forma indireta ele tem tido contato com a missão da Fraternidade. 

Teve a possibilidade de estar na Fraternidade aqui no Brasil nos meses de novembro e dezembro de 2012 e tem entusiamos para ajudar enquanto um leigo assessor para temas e questões na sua área de especialização. Pode conviver quase um mês na Missão Minas Gerais e também um bom tempo na vida da Fraternidade aqui em São Paulo. 

Florian é um grande ser humano com sensibilidade para a dimensão solidária da vida. As matérias abaixo foram organizadas por ele quando de sua estada na Fraternidade.

Conteúdo

Palavras de introdução: Passo a passo ....................................................................  1

A pessoa ................................................................................................................    3

A Fraternidade ........................................................................................................   5

Os Centros ..............................................................................................................   8

    CCI Padre Romano Merten ................................................................................    8

    São Paulo ............................................................................................................   9

    São Leopoldo – Thalitha Kum ...........................................................................  10

    Santa Cruz do Sul ...............................................................................................  10

        CCI Pastorzinho de Belém .............................................................................  10

        Projeto Sempre Crescer ..................................................................................  10

        Lázaro de Betânia  ..........................................................................................  10

    Aldeia de Índios em Iraí-RS ...............................................................................  11
   
Palavras de introdução

Faz oito anos que através da minha mãe conheci a Irmã Aurélia Illy. Naquela época ela procurou alguém que poderia ajudá-la na concepção e manutenção do Home Page da Associação para seu projeto Crianças de Rua no Brasil. Eu em Viena - Áustria - e ela em Bonn - Alemanha – começamos juntos um trabalho e na distância eu podia acompanhar as atividades e o desenvolvimento dos centros da Fraternidade no Brasil.

Quando decidi em meados de 2011 de fazer uma viagem pelo mundo ficou imediatamente claro que o Brasil seria uma das minhas estações. Tantos anos já li os relatórios sobre o trabalho no Brasil e, obviamente, eu queria aproveitar a possibilidade de conhecer o Padre Cyzo Assis e seus colaboradores pessoalmente nas Frentes de Missão.

Nos relatórios sobre os projetos de ajuda de diferentes tipos muitas vezes o sofrimento dos necessitados é informado em detalhes. Existem muitos problemas: violência, drogas, pobreza, falta de perspectivas para o futuro. A lista é comprida, comprida demais. Também aqui no Brasil. Porém, meu tempo aqui - novembro e dezembro de 2012 - me mostra também um lado diferente.

Vivo com pessoas que, com sua dedicação e trabalho, mudam a vida de muitas crianças, adolescentes e adultos. Vejo os rostos satisfeitos das crianças nas refeições, a alegria no recreio aqui no centro de missão no interior de Minas Gerais.

È possível observar como se formam novas perspectivas, como uma comunidade começa lentamente a se organizar para melhorar a vida. Além da fraternidade, centenas de pessoas ajudam a melhorar as condições dos pobres aqui no Brasil. Vejo a dedicação pessoal e a alegria sobre o que foi atingido durante os últimos anos, passo a  passo.

Para mim pessoalmente é uma grande alegria ver quanto de positivo foi atingido aqui no Brasil, ver e conhecer as pessoas que tanto trabalham aqui neste local.

Durante a minha estadia tive a possibilidade de discutir sobre muitas coisas com o Padre Cyzo e, durante uma entrevista de mais que 6 horas, perguntar-lhe sobre seu trabalho aqui no Brasil. Meu interesse especial pessoal era a pessoa que estava atrás de tantas atividades, a Fraternidade e seus auxiliares, bem como a situação atual nos centros individuais.                            
Florian Marschoun, São João de Chapada, dezembro 2012.


A SEGUIR, PARTE DE MINHA LONGA ENTREVISTA COM O PE. CYZO

A pessoa

Quantos anos de sua vida você dedicou ao apoio e ajuda de necessitados no Brasil? Porque isto é tão importante para você? Como você tomou a decisão para tomar este caminho?

Para entender meu trabalho é necessário começar logo no início com minha família. Como o mais velho de uma família de treze filhos desenvolvi muito rapidamente a compreensão sobre o que significa apoio. Tive a sorte de ter pais calorosos e dedicados, os quais sempre estiveram prontos para ajudar e abertos para outras pessoas. Assim comecei muito cedo a me abrir e me dedicar para os outros. Durante meus tempos de estudos universitários, nos anos 1979/84, encontrei uma geração de estudantes que lutava para o fim da ditadura no Brasil (observação: as primeiras eleições livres no Brasil foram permitidas em 1985) e para os direitos do povo. Uns dos focos específicos desta luta foram os direitos dos pobres nas cidades e no campo. Naturalmente meus estudos de história e de sociologia também formaram fortemente a minha personalidade e minha cosmovisão.

No fim do meu tempo de estudos comecei me envolver intensivamente com o evangelho. Isto alterou minha dedicação pessoal de uma discussão básico sobre ideologias para uma ajuda concreta às pessoas nas favelas e nas comunidades pobres do Brasil. Através deste contato pessoal com a pobreza das pessoas, aprendi que todas as pessoas são minhas irmãs e meus irmãos e que a dor deles também é minha dor pessoal.

Hoje ainda estudo muitas vezes ainda a produção de Emmanuel Levinas, o qual escreve muito sobre o respeito e o SER ABERTO para outros. Seus pensamentos podem ajudar-nos para achar o caminho de volta junto aos outros. Para mim ele é o anti-herói para o hoje tão difundido superego.

http://de.wikipedia.org/wiki/Emmanuel_Levinas

Resumidamente posso dizer que o evangelho me ensinou duas coisas importantes: de um lado a crença em Cristo e eu reconheço Seu amor aos pobres e sofredores. Do outro lado as minhas experiências sobre a mística cristã me mostraram que Deus é absoluto. Ele é a fonte do amor e onde não existe amor não existe Deus.

Num sermão dominical recentemente você disse “Santos precisam saber sorrir”.
O que traz alegria para você, o que faz você rir, visto que você confronta tanto sofrimento?

Para mim o mais bonito no evangelho é que a fé cristã é uma fé da alegria.
Devemos lembrar sempre que nós andamos num caminho junto com Jesus Cristo vivo, ressuscitado. Não podemos servir à vida sem alegria. Alegria é o “combustível” para a vida e a aventura para o reino de Deus.

Cada boa organização necessita de alegria para ser boa, viva, harmoniosa, pacificadora. Já Jesus Cristo nós disse ”sejam como crianças pequenas” e é muito importante sempre estar consciente disto.

Minha alegria não é a típica alegria de festejar no fim de semana. Minha alegria é me esvaziar de mim mesmo, ter contato com outras pessoas, interagir e estar com elas. Cada dia luto com meu superego e digo que gostaria de ser melhor do que ontem.

Não me falta nada e quando olho ao redor deste mundo vejo tantos problemas e necessidades. Então para mim está claro que não posso estar triste pela minha pessoa. Sempre digo que precisamos cada dia da força do alpinista, o qual, durante a subida à montanha sente os esforços e a dor, mas simultaneamente sente a alegria de avançar cada vez mais.

Pessoalmente tenho muita alegria quando vejo como o riso retorna na face de uma pessoa sofrida, quando uma mãe me conta que seu filho venceu a sua luta contra a dependência de drogas, quando vejo que um grupo de pessoas que trabalham juntos no projeto social aprecia e celebra o resultado do seu trabalho, quando posso festejar a eucaristia numa comunidade pequena, unidade e que está perto do amor de Deus ... e quando, ao anoitecer, posso beber junto com os meus amigos uma taça de vinho e compartilharmos coisas nossas e da vida.

Para finalizar esta primeira parte pessoal desta entrevista você ainda deseja dizer algumas palavras complementares?

Tenho dificuldade de expressar em palavras meu agradecimento às pessoas individuais e grupos que nos ajudaram por diferentes meios em nosso trabalho aqui no Brasil durante os últimos 25 anos. Durante este tempo conheci na Europa, especialmente na Alemanha, muitas pessoas com o coração aberto para as pessoas pobres do terceiro mundo. Muitas destas pessoas lamentavelmente já deixaram este mundo, contudo, dentro do meu coração sempre levarei a sua beleza e a sua luz que nos acompanhou e ajudou muitas vezes em nosso caminho árduo de missão solidária. Tenho certeza que estas pessoas deixam o céu um pouco mais iluminado agora.
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Meu agradecimento muito especial para estas pessoas e esses grupos solidários. Quero terminar com as palavras do apóstolo Paulo Epístola para os Efésios, 3. 17: 

“É a minha oração que Cristo more em seus corações com base na fé e que suas vidas sejam enraizadas no amor e baseados sobre o fundamento do amor.”

Um grande abraço do Brasil e meu obrigado especial para Florian Marschoun para esta conversação extensa.

- Ainda em tradução a parte relaciona aos diversos Centros de Missão


Einleitende Worte: Schritt für Schritt

Vor nun gut acht Jahren lernte ich über meine Mutter Schwester Aurelia kennen. Für ihr Projekt zur Unterstützung der Straßenkinder in Brasilien suchte sie damals jemanden, der ihr bei der Gestaltung und Pflege der Homepage des Vereins helfen kann. So begann meine Arbeit mit ihr und aus der Ferne konnte ich Pater Cyzos Aktivitäten und die Entwicklung der Zentren in Brasilien verfolgen.

Als ich Mitte 2011 beschloss für ein Jahr die Welt zu bereisen, war es für mich schnell klar dass Brasilien eine Station für mich sein wird. Viele Jahre las ich nun schon Berichte über die Arbeit hier und natürlich wollte ich die Möglichkeit nutzen Pater Cyzo und seine Mitstreiter vor Ort persönlich kennen zu lernen. 

In Berichten über Hilfsprojekte aller Art wird oft sehr detailliert das Leid der Bedürftigen geschildert. Es gibt viele Probleme: Gewalt, Drogen, Armut, fehlende Zukunftsperspektiven. Die Liste ist lange, zu lange. Auch hier in Brasilien. Doch meine Zeit hier zeigt mir auch eine andere Seite. Ich erlebe Menschen die mit ihrem Einsatz das Leben von vielen Kindern, Jungendlichen und Erwachsenen zum positiven verändern. Ich sehe die zufriedenen Gesichter der Kinder beim Essen, die Freude auf dem Spielplatz. Man kann erleben wie neue Perspektiven entstehen, wie eine Gemeinde anfängt sich langsam selber zu organisieren um das Leben zu verbessen. Neben der Fraternität helfen viele hunderte Menschen mit, die Bedingungen hier in Brasilien zu verbessern. Ich sehe den persönlichen Einsatz und die Freude über das was in den letzen Jahren, mit einem Schritt nach dem anderen, erreicht wurde.

Für mich persönlich ist eine große Freude zu sehen wie viel Positives hier in Brasilien entstanden ist und die Menschen die so wertvolle Arbeit leisten hier vor Ort kennen zu lernen.

Im Rahmen meines Aufenthalts hatte ich die Möglichkeit über viele Dinge mit Pater Cyzo zu diskutieren und einem mehr als 6 stündigem Interview genau zu der Arbeit hier in Brasilien zu befragen. Mich hat dabei besonders die Person, die hinter so vielen Aktivitäten steht, die Fraternität und ihre Helfer sowie die aktuelle Situation in den einzelnen Zentren interessiert.
Florian Marschoun, Sao Joao de Chapada, Dezember 2012

Zur Person

Seit vielen Jahren widmest du dein Leben der Unterstützung von Bedürftigen in Brasilien. Warum ist dir das so ein großes Anliegen? Wie bist du dazu gekommen diesen Weg zu gehen?

Um meine Arbeit zu verstehen ist notwendig ganz am Anfang, mit meiner Familie zu beginnen. Als Ältester in einer Familie mit dreizehn Kindern entwickelte ich sehr schnell ein Verständnis dafür was Unterstützung. Ich hatte das Glück sehr warmherzige Eltern zu haben, die immer hilfsbereit und offen für andere Menschen waren. So habe ich schon früh begonnen mich für andere zu öffnen und einzusetzen.

Während meiner Studienzeit, in den Jahren 1979/80, traf ich auf eine Generation von Studenten die für das Ende der Diktatur in Brasilien kämpften (Anmerkung: 1985 wurden die ersten freien Wahlen zugelassen) und sich für die Rechte des Volkes einsetzte. Ein Fokus wurde dabei spezielle auf die Rechte der Armen in den Städten und am Land gesetzt. Meine Studien der Geschichte und der Soziologe prägten meine Persönlichkeit natürlich auch sehr stark.

Am Ende meiner Studienzeit begann ich mich intensiv mit dem Evangelium auseinandersetzten. Dies veränderte meinen persönlichen Einsatz weg von einer eher ideologischen Grundsatzdiskussion hin zur sehr konkreten Hilfe für die Menschen in den Favelas und armen Gemeinden in Brasilien. Durch diesen persönlichen Kontakt mit der Armut der Menschen, habe ich erfahren dass alle Personen mein Schwestern und Brüder sind und dass deren Schmerz auch mein persönlicher Schmerz ist.

Heute studiere ich noch oft die Werke Emmanuel Levinas, der viel über den Respekt und das Offen sein für die anderen schreibt. Seine Gedanken können uns dabei helfen den Weg zu den anderen zurück zu finden. Für mich ist er der Antiheld zum heute so weit verbreiteten Superego.


Zusammengefasst kann ich sagen, dass mich das Evangelium zwei wichtige Dinge gelehrt hat: Einerseits den Glauben in Jesus Christus und ich habe seine Liebe für die Armen und  Leidenden erkannt. Anderseits zeigen mir meine Erfahrungen über die christliche Mystik dass Gott absolut ist. Er ist  die Quelle der Liebe und wo es keine Liebe gibt, gibt es keinen Gott.

In einer Sonntagspredigt hast du gesagt „Heilige müssen Lachen können“. Was bereitet dir Freude, was bringt dich zum Lachen, da du doch mit so viel Leid konfrontiert bist?

Das Schönste am Evangelium ist für mich, dass der christliche Glaube ein Glaube der Freude ist. Wir uns immer vergegenwärtigen, dass wir einen gemeinsamen Weg mit einem lebendigen, wiederauferstandenen Jesus Christus gehen. Dem Leben dienen kann man nicht ohne Freude. Freude ist der „Treibstoff“ für das Leben und die Suche nach dem Gottesreich.

Jede gute Organisation braucht die Freude um gut zu sein. Schon Jesus Christus hat uns gesagt „seid wie kleine Kinder“ und es ist wichtig sich dessen immer bewusst zu sein.
Meine Freude ist nicht die Freude des Feierns am Wochenende. Meine Freude ist mich selbst zu leeren und Kontakt mit anderen Menschen zu haben. Jeden Tag kämpfe ich mit meinem Superego und sage mir, dass ich gerne besser wäre als gestern.

Mir fehlt es an nichts und wenn ich mich in der Welt umschaue sehe ich so viele Probleme und Bedürftigkeit. Dann ist für mich klar, dass ich wegen mir nicht traurig sein kann. Dafür gibt es keinen Grund. Wir brauche ins dir Kraft des Bergsteigers, der beim Aufstieg die Anstrengungen und den Schmerz spürt, aber sich gleichzeitig darüber freut weiter in die Höhe zu kommen.

Ganz persönlich bereitet mir Freude, wenn ich erlebe wie das Lachen in das Gesicht einer leidenden Person zurück kommt, wenn mir eine Mutter erzählt, dass ihr Sohn seine Abhängigkeit von Drogen überwunden hat, wenn ich sehe das eine Gruppe von Frauen die gemeinsam in sozialer Arbeit tätig sind die Früchte ihrer Arbeit genießen kann, wenn ich die Eucharistie in einer kleinen Gemeinschaft feiern kann die nahe an der Liebe Gottes sind … und wenn am Abend gemeinsam mit meinen Freunden ein Glas Wein trinken kann.

Zum Abschluss dieses ersten, persönlichen Teils des Interviews möchtest du noch etwas Ergänzendes sagen?

Es fällt mir schwer meine Dankbarkeit den einzelnen Personen und Gruppen gegenüber in Worte zu fassen, die uns bei unserer Arbeit hier in Brasilien in den letzten fünfundzwanzig Jahren in vielfältiger Weise geholfen haben. In dieser Zeit habe ich in Europa, ganz speziell in Deutschland, Menschen kennen gelernt, die immer ein offenes Herz für die Menschen in der dritten Welt haben. Viele dieser Helfer habe unsere Erde leider schon verlassen, aber in meinem Herzen werde ich immer ihre Schönheit und ihr Licht tragen, dass uns auf unserem oft sehr steinigen Weg begleitet und geholfen hat. Ich bin mir sicher, dass diese Menschen den Himmel ein wenig heller leuchten lassen.

Meinen ganz persönlichen und herzlichen Dank an diese Personen und Gruppen. Ich möchte mit den Worten von Apostel Paulus, Apostelbrief and die Epheser, 3. 17 abschließen: „Es ist mein Gebet, dass Christus aufgrund des Glaubens in euren Herzen wohnt und dass euer Leben in der Liebe verwurzelt und auf das Fundament der Liebe gegründet ist.“

Eine herzliche Umarmung aus Brasilien und meinen Speziellen Dank an Florian Marschoun für dieses ausführliche Gespräch.

Zur Fraternität

Du bist einer der Begründer der Fraternität Palavra e Missao und stehst ihr vor. Kannst du uns über eure Gemeinschaft ein wenig erzählen? Wie ist sie entstanden?

Wie viele neue Organisationen der Kirche wurde die Fraternität aus dem Geist des zweiten Vatikanischen Konzils geboren. Dieses stellte einen großen Schritt der Modernisierung der Kirche dar. Die drei sehr wesentlichen Neuerungen waren die Öffnung der Bibel für das allgemeine Kirchenvolk, die Schaffung einer neuen Motivation für das religiöse Leben durch mehr Nähe zur Gemeinde sowie die Neudefinition des Begriffs Mission.


Die Gründungsmitglieder der Fraternität, die durch diesen neuen Geist inspiriert wurden, wollten eine neue Gemeinschaft mit einem kreativen Geist zur Arbeit mit armen Gemeinden aufbauen und haben sich zusammengeschlossen um diese Idee umzusetzen. Innerhalb der bis dahin bestehenden Struktur der Kirche wäre das nicht möglich gewesen.

Von Anfang an standen für die Fraternität zwei Dinge im Mittelpunkt. Einerseits das gemeinsame Lesen und Erfahren der Bibel mit der und für die Gemeinschaft. Anderseits die neue Art der Mission um mitzuhelfen Leid in der Welt zu lindern.

Welche Werte sind für die Fraternität wichtig?

Als gemischte Gemeinschaft, in der Priester bzw. Brüder mit Schwestern zusammen arbeiten, möchten wir die jeweiligen Stärken nutzen um gemeinsam mehr zu erreichen. Der Klerus ist sehr kopflastig. Frauen bringen viel Herz in die Gemeinschaft ein. Gemeinsam kann viel für die Mission erreicht werden.

Die Mitglieder der Fraternität müssen viel Sensibilität und Solidarität für die Gemeinschaft der Armen und Hilfsbedürftigen mitbringen. Wir stehen im Dienst des Volkes und nicht im Dienst der Kirche.

Zu guter Letzt die Arbeit gemeinsam mit Leihen. Austausch und Offenheit ist uns sehr wichtig. Von Anfang haben wir daher intensiv den Kontakt mit Leihen gesucht. Das betrifft unsere Partnerschaften bei den einzelnen Projekten, aber wir haben auch Leihen die mit Fraternität leben.  Unser Gemeinschaft steht auf drei starken Beinen: Priester, Schwestern und Leihen.

Wie haben sich die Werte seit dem Bestehen verändert?

In den Jahren seit der Gründung konnten wir die Werte die die Fraternität anstrebt verfestigen und wir als Gemeinschaft haben die Werte des Evangeliums gelebt. Für uns hat sich oft bestätigt, dass dafür die persönliche Nähe zu den Armen und Leidenden wichtig ist.

So konnten wenige Personen (Anmerkung: die Fraternität hat zurzeit 15 Brüder und Schwestern) in dieser noch jungen kirchlichen Gemeinschaft viel erreichen.  Da nur wenige Strukturen bestehen die verwaltet werden müssen, kann unsere ganze Arbeit und Kraft auf die Evangelisierung ausgerichtet sein.

Die Fraternität hat letztes Jahr ihr 25 jähriges Jubiläum gefeiert. Wie hat sich das Zusammenleben geändert und was waren eure größten Erfolge?

Wie schon vorher gesagt, glaube ich dass wir als kleine Gemeinschaft viel erreicht haben und vielen Menschen helfen konnten.

·      Wir konnten in den Jahren unserer Arbeit das Wort Gottes speziell den Armen näher bringen und mit der Bibel als „Brot für das Volk“ Hoffnung schaffen und Licht bringen. Unsere Präsenz als christliche Gemeinschaft nahe am Volk, direkt in den Favelas, in Dörfern der Indios, bei armen Kindern oder in Gefängnissen hat dazu beigetragen, wieder mehr Mitgefühl in die Kirche zu bringen.

·         Zu guter Letzt konnten wir auch vielen Menschen helfen ihre Würde zurückzugewinnen und ihnen wieder Hoffnung geben. Das Durchbrechen der Abwärtsspirale die durch fehlende Unterstützung durch den Staat, keine Chance auf Ausbildung oder Arbeit entsteht war ein wesentlicher Punkt bei unserer Arbeit.

Mit dem Jubiläum im letzten Jahr ist für dich ein Zyklus zu Ende gegangen, ein neuer beginnt. Was sollen die nächsten 25 Jahre bringen, was sind die zukünftigen Ziele der Gemeinschaft?

Persönliche Ziele:

Meine letzten 25 Jahre waren für mich exzessiv aktiv, nie hatte ich mehr als eine Woche Urlaub. Von Apostel Paulus habe ich gelernt, dass Gott das Maximum von Menschen verlangt. Durch den Wandel der Gesellschaft sind aus meiner Sicht heute weniger Aktivitäten notwendig. Vielmehr muss man besser zuhören um zu verstehen was notwendig ist. In mir entsteht ein tiefer Wunsch Zeit für Mystik und Gott zu haben und nicht immer aktiv sein zu müssen.

Die Veränderungen verlangen auch, dass man sich immer professioneller auf die verschiedensten Aktivtäten vorbereitet, dass man den entstehenden Problemen gewachsen ist. In Brasilien wachsen die Städte stark und sich sehe große Wunden in den Zentren stehen. In meiner Funktion als Priester sehe ich dass es wichtig ist dort aktiv zu sein und ganz speziell den Jugendlichen zu helfen.

Mein persönliches Ziel ist es auch wieder mehr mit der Jugend zu arbeiten, da Ziel- und Führungslosigkeit ein großes Problem ist. Zurzeit setzte mich mit dieser Problematik intensiv auseinander und versuche diese Generation besser verstehen zu lernen um in Zukunft besser helfen zu können.

Ziel der Gemeinschaft:

Übergabe der Führungsrolle: Aus meiner Sicht ist es für unsere Fraternität nicht gut, dass ich schon so lange die Führungsrolle übernehme und ich möchte die Führung übergeben. Dazu muss sich die Fraternität aber noch weiter entwickeln und wir machen uns zurzeit intensiv darüber Gedanken.

Ausbildung von Leihen: Weiter möchten wir die Ausbildung von Leihen weiter intensivieren, dass diese im Rahmen der Fraternität die Aufgabe der Missionierung gut machen können.

Aufbau einer zweiten Basis: Wir wollen eine zweite Basis in Minas Gerais aufbauen um im Kampf gegen neue Armut bestehen zu können. Gewalt in den Städten, Anstieg der Zahl der Gefängnisinsassen, Kinderprostitution, Drogenmissbrauch, Einsamkeit von alten Menschen sind nur einige Problem für die der brasilianische Staat nicht ausreichend gewappnet ist. 

Präsenz in Deutschland: Zu guter Letzt wollen wir in Deutschland eine erste internationale Präsenz eröffnen um den Geist der Fraternität weiter zu tragen und die kreativen Ansätze und Ideen der Brasilianischen Kirche weiter zu verbreiten. So können wir auch der Gemeinschaft in Deutschland, die uns so viele Jahre unterstütz hat, auch für die Hilfe etwas zurück geben.

Große persönliche aber natürlich auch finanzielle Unterstützung für eure Arbeit kommt durch Schwester Aurelia und den Verein Resonanzprojekt Strassenkinder Brasilien e.V. nach Brasilien? 

Was bedeutet das für euch und wie siehst du diese Unterstützung in Zukunft? Seid ihr noch auf die Hilfe aus Europa angewiesen?

Die traurige Wahrheit ist: „Ohne Geld gibt es keine Mission“. Das Evangelium lehrt uns, dass diejenigen die ein wenig mehr haben, mit denen die weniger haben teilen sollen. In Brasilien hat die Kirche nicht die finanzielle Organisation wie in Europa. Es stehen nur sehr wenige bis gar keine Mittel für die soziale Arbeit zur Verfügung.

Die Fraternität wurde innerhalb einer armen Kirche mit dem Ziel armen Menschen zu helfen, in einer armen Region, in einem Land der dritten Welt gegründet. Ohne die Hilfe die wir die letzen Jahre aus Deutschland erhalten haben, wären wir niemals in die Lage gewesen das Brot auf den Tischen der Armen zu verteilen.

Die Unterstützung von Schwester Aurelia und ihrer Organisation hat uns erlaubt eine Basis für viele Notwendigkeiten hier zu schaffen. Heute, 26 Jahre nach unserer Gründung versuchen wir immer mehr selbständiges Einkommen zu erwirtschaften um unsere Arbeit finanzieren zu können und weniger auf Bittstellen angewiesen zu sein. Wir haben in der Zwischenzeit erreicht, dass wir unsere tägliche Arbeit Großteils lokal finanzieren können, trotzdem werden wir auch in den nächsten Jahren noch Geld von Spendern benötigen um unsere Tätigkeiten weiter Ausbauen zu können. 

Welchen Betrag leisten der Brasilianische Staat, die lokale Verwaltung oder die Gemeinden?

Auf staatlicher Ebene gibt es in Brasilien keine Unterstützung. Wie schon kurz beschrieben haben wir verschiedene Einkommensquellen. Innerhalb Brasiliens tragen einige Mitglieder der Brüderschaft mit ihrem Gehalt bei. Auf lokaler Ebene gibt es Partnerschaften mit Gemeinden. Außerdem organisieren wir den Verkauf von Altkleidung, eigens Hergestellten Produkten, aber auch verschiedene Spendenveranstaltungen.

Wir können so die laufende Tätigkeit fast zur Gänze abdecken, aber noch ist das Ziel hier nicht auf Spenden angewiesen zu sein noch nicht vollständig erreicht. Beim Ausbau unserer Tätigkeiten sind war aber noch immer stark auf internationale Hilfe angewiesen.

Zu den Zentren

CCI Padre Romano Merten

Im Jahr 1999 kam der erste Bruder der Fraternität als Priester in die Gemeinde von Sao Joao de Chapada. 2001 wurde dann das Zentrum gegründet und nahm seine Arbeit auf. In den letzen 11 Jahren wurden hier täglich bis zu 100 Kinder und Mütter der ärmsten Familien mit einem Mittagessen versorgt.

Nach der Jubiläumsfeier der Fraternität im letzten Jahr haben wir für das CCI hier in Sao Joao de Chapada einen Neuanfang gemacht und beschlossen neue Impulse zu setzen. Dafür sind wir mit PROCJ (Projecto caminando juntos) einer NGO aus Dimamantina, die über ein sehr gutes pädagogisches Team verfügt, eine Partnerschaft eingegangen. Weiter konnten wir mit Hilfe von Schwester Aurelia und der Organisation der deutschen Zahnärzte das Zentrum dieses Jahr um über 600 Quadratmeter erweitern.

In den neuen Räumlichkeiten steht nun guter Platz für die Ausbildung der Gemeinschaft, spezielle Trainings und spirituelle Arbeit zu Verfügung. Dies ist eine einzigartige Möglichkeit hier für die Sao Joao de Chapada da bisher so eine Möglichkeit noch nicht bestand. So haben für vor ca. 3 Monaten Computerkurse für 45 Jungendliche und 20 Mütter begonnen und es werden Ausbildungen zum Erlernen von Hausarbeiten und Kochen angeboten. Für die Kinder gibt außerdem wertvolle Trainings in Bereich Selbstbewusstsein oder Hygiene. Neben den Erweiterungen im Bereich der Ausbildung verfügen wir nun auch über eine kleine ökumenische Kapelle für die spirituelle Arbeit.

Zu guter letzten konnten wir auch die Situation für die Verpflegung des Ortes verbessern und es stehen jetzt ein größerer Gemüsegarten sowie ein neuer Hühnerstall zu Verfügung. Die bis zu 300 Hühner legen täglich gute 100 Eier. Beide werden von einer Gruppe von Müttern aus dem Ort gemeinschaftlich gepflegt und verwaltet.

Unsere Arbeit wird lokal unterstützt. So wird durch die Gemeinde zum Beispiel einmal im Monat eine Lebensmittelsammlung organisiert und die Präfektur leistet einen kleinen Geldbetrag. Ab und zu spenden lokale Geschäfte notwendige Materialen die im Zentrum benötigt werden. Allerdings kommt noch immer ein sehr wichtiger Teil für unsere Arbeit kommt noch immer aus Deutschland.

Langfristig ist es das Ziel das Zentrum als neue Basis der Fraternität zu etablieren. Die Situation hier in der Gegend, weit weg von den großen Städten, erfordert es dass viele Jugendliche für ihre Ausbildung und für Arbeit den Ort verlassen. Bei unseren Gesprächen mit der Gemeinde und der Administration sehen wir wie wichtig es ist diesem Trend entgegen zu wirken und mitzuhelfen lokal Möglichkeiten anzubieten. Eine gefestigtere Basis hier bietet auch neue Möglichkeiten für diese sehr arme Region in Brasilien, Minas Gerais in Zukunft Hilfe zu organisieren.

Sao Paulo

Im Jahr 2006 wurde in der Fraternität die Entscheidung getroffen in Sao Paulo eine Niederlassung zu gründen. Unser Ziel ist es auch in einer großen Metropole unser Wurzel wachsen zu lassen und die vielfältigen Möglichkeiten einer Großstadt im Bezug auf Ausbildung, Kontaktmöglichkeiten, aber auch ein größeres Leihennetzwerk für die Zukunft zu nutzen.

Auf Bitten des Bischofs begann 2008 unsere Zusammenarbeit mit PROJESP für das Projekt Hoffnung. Dieses Projekt unterstützt seit nun schon fast 25 Jahren AIDS Kranke in den Armenvierteln von Sao Paulo. Dabei wird einerseits Prävention durch Schulungen gelehrt, aber auch das Durchbrechen der Ausgrenzung ist im Fokus. Um das zu erreichen wird sowohl mit den Erkrankten direkt, aber auch mit ihren Familien in Gruppentherapien gearbeitet. Derzeit werden in sieben Zentren ca. 3000 Personen unterstützt.

Neben der Zusammenarbeit mit der Fraternität, erhält das Projekt auch Hilfe durch die Präfektur. Außerdem werden Medikamente aus staatlichen Quellen bezogen.

Viel konnte Erreicht werden und die Anstrengung der letzten 25 Jahre zeigen Früchte. Weiter veränderte sich auch die politische Wahrnehmung und der Staat übernimmt heute mehr Verantwortung im Kampf gegen Aids. Für nächstes Jahr ist daher eine Neuausrichtung für PROEJSP angestrebt um das gut organisierte Netzwerk und die vorhandene Infrastruktur auch weiterhin erfolgreich im Kampf gegen die Armut und neu aufkommende Problem der Favelas einsetzen zu können.

Sao Leopoldo – Thalitha Kum

Das erste Kinderzentrum der Fraternität feierte nun schon seinen 26. Geburtstag und es ist sehr gut etabliert. Eine eingespielte Organisation unter Leitung von zwei Schwestern, arbeitet hier mit einem aktiven Team an Leihen zusammen um zurzeit ca. 200 Kinder zu betreuen.

70 Kinder bekommen pro Tag zweimal ein nahrhaftes Essen. Für Kinder der ersten Schulstufe (6-10 Jahre) bieten die Schwester Unterricht an. Darüber hinaus gibt es eine Grippe und einen Kindergarten um den Müttern zu ermöglichen einer Arbeit nachzugehen und so für ein regelmäßiges Einkommen sorgen zu können.

In einer Schulbäckerei, einer Nähwerkstätte und einer modern ausgestatten Küche werden außerdem die Jugendlichen für zukünftige Berufe ausgebildet. Um auch einen Ausgleich anzubieten wird auch viel Wert auf kulturelle Aktivitäten gelegt: So gibt es Kapueraklassen, Gitarren- und Flötenuntericht sowie Folkloreunterricht rund um die Kultur der Gauchos.

Um die pädagogischen auf dem neusteten Stand zu halten, gibt es eine Partnerschaft mit der lokalen Jesuitenuniversität. So unterstützt sie das Zentrum unter anderem bei der Ausbildung der Mitarbeiter und bietet uns auch eine professionelle Supervision unserer Tätigkeiten.

Finanzielle Unterstützung erhält die Fraternität durch das lokale Rathaus, welches mehrere Angestellte finanziert. Lokale  Firmen, durch das Zentrum organisierte Spendenveranstaltungen und regelmäßige Einkünfte durch das Betreiben der Schule können die monatlichen Kosten abdecken. Die Modernisierung des Speisesaals und der Sanitäranlagen wurde mit der Unterstützung aus Deutschland finanziert.

Santa Cruz do Sul

CCI Hirtenjunge von Bethlehem

Die Aktivitäten für Kinder wurden aufgrund der Veränderten Bedingungen vor vier Jahren in das Projekt „Immer Wachsen“ integriert. Allerdings wird weiterhin drei Mal pro Woche kostenlose Betreuung durch ein Team von Zahnärzten für Kinder und Jugendliche angeboten.

Das Zentrum ist heute auf die Betreuung von alten Menschen ausgerichtet. Unter Aufsicht der Fraternität werden heute ungefähr 100 Personen aus den verschiedenen Favelas der Region durch ein Team der Präfektur betreut. So können gemeinsame Aktivitäten wie Tanz und Musik, Handarbeiten aber auch Therapien angeboten werden. Um einem größeren Kreis an Menschen eine Teilnahme an dem Programm zu ermöglichen, steht ein Bus zur Verfügung der täglich die verschieden Favelas ansteuert.

Die Präfektur stellt die Instandhaltung der Infrastruktur sicher und bezahlt für die Benutzung Miete. Die so erzielten Einkünfte können für die anderen Programme der Fraternität genutzt werden.

 Immer Wachsen Projekt

Vor 15 Jahren begann die Arbeit des Projekts mit der Betreuung von über 240 Kindern und Jugendlichen im Alter von 13 bis 17 Jahren. Das Kinderzentrum Hirtenjunge von Bethlehem betreute zu diesem Zeitpunkt ungefähr 120 Kinder im Alter von 7 bis 12 Jahren. Aufgrund der positiven Entwicklungen in Region –  die Armut ging deutlich zurück und der Staat bietet bessere Unterstützung für hilfsbedürftige Menschen an – und einer Rückgang der Geburtenrate, gibt es heute weniger Bedarf an der Betreuung durch die Fraternität.

Heute werden durch das Projekt mehr als 80 Kinder im Alter von 12 bis 17 Jahren, aufgeteilt auf zwei Gruppen (morgens und nachmittags) betreut. Sie erhalten jeweils zwei Mahlzeiten und werden bei ihren Schulaufgaben durch unser Team unterstützt. Darüber hinaus gibt es eine Ausbildung zum Bäcker, eine Musikgruppe und Chor, therapeutische Landarbeit sowie einen Malkurs. Das Fußballteam des Projekts nimmt auch immer wieder bei lokalen Wettbewerben teil.

Das Projekt durch den Bürgermeister und lokale Firmen unterstützt. Auch die Gemeinde und regelmäßige Aktivitäten des Projekts tragen zur Finanzierung bei. Bisher konnte das das Projekt für die laufenden Tätigkeiten selbstständig wirtschaften. Für das kommende Jahr steht ein Bürgermeisterwechsel an und es bleibt abzuwarten wie sich die politische Situation entwickelt.

Lazarus von Bethanien

Die Anfänge des Programms liegen nun schon über 25 Jahre zurück und haben sich von einem Haus für 4 obdachlose Männer in ein Heim für 12 Personen entwickelt. Weiter werden zurzeit 4 weitere Männer die bei ihren Familien wohnen unterstützt. Ein Großteil der hat geistige oder physische Behinderungen und somit ist ein Hauptziel unserer Arbeit diesen Menschen wieder Zugang zur Gesellschaft zu ermöglichen und ihnen ihre Würde zurückzugeben.

Die drei im Haus tätigen Personen, ein Krankenpfleger mit psychiatrischer Spezialisierung und zwei Hauskräfte, stellen eine gute Pflege der Bewohner sicher. Sie leisten im Alltag Unterstützung und kümmern sich um das Kochen und den notwendigen Medikamenten. Darüber hinaus gibt es einmal in der Woche eine Gruppentherapie sowie 2-3 Mal spirituelle Unterstützung.

Das Haus wird heute zu einem Großteil durch die Präfektur finanziert, aber auch die Gemeinde und Pensionen der Bewohner tragen dazu bei. Da noch sehr großer Bedarf besteht, gibt es für die Zukunft Pläne das Haus auszubauen.

Indianerdorf  in Irai

Nach zwölf Jahren erfolgreicher Arbeit hat die Fraternität letzen März endgültig die Leitung des Zentrums in Irai der lokalen Indianergemeinschaft übergeben. Schon vor fünf Jahren wurde die Organisation von einer Einheimischen, Frau Elena, mit dem Ziel der mittelfristigen Selbstständigkeit übernommen. Für Indios ist die Autonomie sehr wichtig um ihr Kultur leben zu können und nicht vom Staat oder Personen außerhalb ihres Kulturkreises abhängig zu sein.

Wenn wir zurückblicken, sehen wir eine positive Bilanz. In der Zeit des Wirkens der Fraternität wuchs eine neue Generation von jungen Menschen mit guten Gedanken, neuen Ideen und Idealen heran. Durch die Orientierungsarbeit konnten neue Möglichkeiten und Wege geschaffen werden. Das hat dazu beigetragen eine moderne Denkweise zu etablieren die dennoch ihre kulturellen Wurzeln Wertschätzt.

Durch die Stärkung des Gemeinschaftsgeistes konnte eine neue Form geschaffen werden, Probleme wieder als Gruppe zu diskutieren und zu lösen. Das hat unter anderem dazu beigetragen das traurige Problem des Alkohols zu bekämpfen, aber auch eine Verbesserung des Lebensstandards wurde erreicht. Gemeinsam wurden die allgemeinen Lebensbedingungen verbessert und Familien ermöglicht kleine Gemüsegärten anzulegen und Sanitäranlagen zu verbessern. Auch eine nachhaltige Ausbildung in Hygiene und Gesundheit wurde erreicht.

Speziell wurde auch versucht den Einheimischen Zugang zu Bildung zu verschaffen und dank der Anstrengungen konnten in der Zwischenzeit zwei Indianer einen Hochschulabschluss in Agrarwirtschaft bzw. Pädagogik machen. Im Moment wird 10 Jugendlichen der Besuch einer Universität im 30 km entfernten durch ein Stipendium ermöglicht. Auch wurde erreicht dass alle Kinder in die Schule gehen und weiterhin werden die 40 der jüngsten Kinder täglich mit Essen im Zentrum versorgt.

Durch den Bürgermeister und die lokale Gemeinde erhält das Zentrum die noch immer notwendige Unterstützung und kann weitgehend autonom arbeiten. Trotz der Selbständigkeit steht die Leitung des Zentrums im Regen Kontakt mit der Fraternität und wir können weiterhin bei Problemen Unterstützung anbieten. Auch unterstützt die Fraternität die Gemeinschaft immer wieder durch das Sammeln von Schulmaterialen, Stoffe wie auch Medikamenten.

Trotz all diesen schönen Erfolgen ist die Rolle der Indios in der Gesellschaft noch immer eine sehr schwache und so sind sie bei der Entlohnung oft benachteiligt. Langfristig ist es hier noch wichtig eigene Einnahmequellen für die Gemeinde zu schaffen um die Situation noch weiter zu verbessern.

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