Minha modesta/fraterna crônica de Ano Novo!

Começou tudo novamente...

OK! Começou mais um ano, 2012.

Na numerologia ele é melhor que 2011.

20 + 12 = 32 = 3 + 2 = 5, número que tem “barriga” para frente e mostra ação e gravidez. Algo vai nascer. Caso você seja ariano, deleite-se, pois todas as previsões para este signo diz que 2012 será um ano fantástico, inda mais se você nasceu entre 21 e 27.03; Para quem acredita diz que funciona; 

Esperanças renovadas e novas metas projetadas.

Muitas das esperanças ou metas são confiadas aos ditos “mistérios”.

Entrar no ano novo vestido de branco, lançar flores ao mar para os deuses diversos, tomar champanhe em taça de cristal puro, guardar sete sementinhas de romã na carteira por sete dias a partir de hoje, comer porco/lentilha no último jantar do ano ou ainda no almoço de hoje, e... são tantos “suportes míticos” que a lista ficaria enorme.

Para mim, que adotei nesse final de ano um momento de reclusão e saudável solidão, apossei desde a tarde de sexta-feira o texto bíblico que aqui foi hospedado:

“O silêncio e a confiança

são o melhor caminho

para o fortalecimento”

Leia em Isaías 30,15

Recluso e não isolado...

Não tenho que me queixar, pois iniciei o novo ano BEM RICO.

Não, não ganhei na mega da virada, até porque se tivesse ganhado não me sentiria rico já que meu conceito de riqueza não é monetário e nem financeiro, mas interior e espiritual. Caso ganhasse na mega, ajuntaria cinco pessoas autênticas e não possessivas ou egoístas e com elas organizaria uma fundação que teria este nome: Fundação Martins-Moerschberger-FMM – Ela ajudaria, num esquema de política cidadã os mais pobres do sul e do nordeste.

Sou rico porque inicio o novo ano na região central de Sampa num aconchegante apartamento, lugar de silêncio e bairro de ruas largas e arejadas e com quase nada de trânsito. Região residencial nobre. A dona do AP, que está na cabeça da lista das mulheres mais queridas que eu amo – e graças a Deus amo muitas mulheres – viajou para os EUA e permitiu que aqui eu acampasse, já que pobre não hospeda, acampa apenas.

Assim estou: acampado e bem acampado.

Aqui rezo, medito, leio, escrevo, reviso minha vida a partir de algum tempo para cá e descubro que tenho tido alguns erros, bem mais que imaginava. Arrumo a nova agenda, reorganizo as pastas no computador, enfim: reorganizo-me interiormente para mim mesmo e para a Missão que o Bom Senhor me confia. Também curto coisas lindas vindas dos amigos e amigas do coração.

Agradeço ao meu sobrinho Andrés Henrique que aqui me trouxe no seu auto e na companhia de sua simpática namorada, a Érica, ao meio dia de sexta-feira passada. Acontece que pobre quando acampa traz muita coisa: caixas, pacotes, sacolas, impressora velha, travesseiro, coberta surrada, às vezes leva até um fogãozinho desses de duas bocas.

Mas neste AP, que me deixou totalmente desorientado, pois aqui tudo tá no seu devido lugar, tão arrumadinho, que poderia chamá-lo de “caixinha de jóias”, nada disso foi preciso trazer. Quer dizer, tirando o fogão e a impressora velha...

Não estou longe da Av. Paulista - falando de região central de São Paulo - onde ontem mais de dois milhões de pessoas festejaram a passagem de ano. Vi algo pela TV já que não saí, ficando “eremita” por alguns dias. Mas me comovi com o que vi. O entusiasmo das pessoas que mesmo sob chuva entraram no ano novo em integração com milhões de outras.

A Av. Paulista torna-se mágica e fantástica

Acho essa coisa de ir para a rua, para uma festa, passeata, caminhada, enterro de famosos, procissão ou mesmo para entrar numa enorme fila e comprar algo em liquidação, muito incrível. Na verdade somos seres gregários e precisamos sentir parte de uma unidade maior, até de termos a impressão que estamos unidos ao externo. Não adianta, precisamos do "bando" e isso está na nosso DNA coletivo. Desconfie duplamente quando você não quer mais sair para a rua, se não tá com alguns desses traiçoeiros sintomas:

depressão, baixo auto-estima, melancolia da alma, cansaço físico demasiado, estresse, fobia, desilusão com as pessoas e com a vida. Não vale se você não tem grana para pagar a passagem do busão/metrô ou mesmo para colocar três litros de combustível no auto, ou o sapato novo muito apertado no pé.

Maria, a Mãe de Jesus, toca nos corações sempre!

Foi emocionante o grande maestro João Carlos Martins anunciar para os mais de dois milhões de expectadores e “foliões” que a Orquestra Bachiana Filarmônica Sesi-SP e a bateria da Vai Vai tocaria a Ave Maria de Gounod. Alguém que não identifiquei rezou pausadamente toda a Ave Maria, para em seguida ser tocada e cantada de forma linda e emocionante em plena avenida paulista. O silêncio tocou por alguns minutos nos corações da enorme multidão. Muita gente chorava, outros disfarçavam a emoção. Fiquei imaginando: Que força tem os “caminhos espirituais”. Que fome tem a alma moderna de mistério e de Deus. Que beleza, saber que Nossa Senhora, por alguns minutos é lembrada de forma grande e solene, que ela é Mãe, terna, acolhedora, intercessora e força espiritual no “Vale de Lágrimas” em que vivemos.

Após a Ave Maria o maestro anunciou o Hino Nacional do Brasil em todos os ritmos que forma este grande, lindo e fantástico país, nosso país, amado por Deus, mas, que ainda tem muitos brasileiros “deitados em berço esplêndido”.

Maestro João Carlos Martins

À meia noite abri um champanhe Salton Brut e brindei às pessoas que me são muito queridas – de sangue e de Missão - e a elas enviei boas e místicas vibrações. Pronunciei para mim mesmo seus nomes e por alguns minutos, com a taça na mão, e elas em meu coração, imaginei vivas e felizes em todo o ano de 2012. Depois vi que o nome SALTON nos lembra de SALTO e para elas desejei abençoados e lindos novos “saltos” em 2012.

Começo o ano novo com muitas bênçãos e sem nada de magia, apenas com o coração alegre e centrado no dito de Jesus:

“Sem MIM nada (de bom) podeis fazer” – João 15,5;

Feliz Ano Novo!

Amém!

Verdadeiras "fogueiras" aéreas e incrível beleza