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domingo, 30 de outubro de 2011

CELEBRAÇÃO JUBILAR

Abaixo está minha fraterna saudação feita na Missa Jubilar na Catedral aqui em Santa Cruz do Sul. Dom Canisio Klaus, o bispo diocesano e que presidiu a eucaristia, deixou para a Comunidade da Fraternidade encorajamento e destacou que a Fraternidade serve à Igreja com amor e espírito de missão.

Hoje, quis o Bom Deus, na sua insondável Providência e no seu perene amor, que nesta bela Catedral de São João Batista, a nossa pequena-grande Fraternidade celebrasse 25 Anos de Fundação. Minha palavra é acima de tudo de Gratidão ao Bom Deus, o querido ABBA!

O Bom Senhor, apesar dos nossos limites e pecados, nos conduziu nesses 25 anos. Pessoalmente pude sentir cada dia, todos os dias, a presença e a assistência de Deus no Carisma da Palavra e da Missão solidária.

Aqui nesta Catedral, no final da tarde do dia 12.12.1987, fui ordenado como o primeiro Padre da Fraternidade por Dom Sinésio Bohn. Fui apresentado a Dom Sinésio pelo Padre Arturo Paoli, Padre da Fraternidade de Charles de Foucould, grande místico e teólogo dos pobres e sofredores. No próximo dia 30.11, Padre Arturo Paoli celebra 99 anos de vida, trabalhando e pensando sempre uma fé mais libertadora e viva, ele reside em Lucca-Itália.

Padre Arturo me apresentou para que eu fosse ordenado não em função de mim mesmo e nem de meros interesses pessoais, mas para me colocar à frente de uma nova proposta de vida e missão a serviço da Mãe Igreja. Desde então, o Bom Deus enviou outros queridos irmãos e irmãs para que se constituísse esta Família Fraterna na Igreja. Em 2008, estando na Santa Sé, fomos orientados que nossa natureza canônica, por sermos carisma novo e de vida mista, caminha na direção de se tornar uma FAMÍLIA ECLESIAL na Igreja, como se definiram em Roma nas últimas normativas canônicas em função dos novos carismas, a pedido do próprio Papa Bento XVI.

A Fraternidade nasceu em São Leopoldo no dia 13.10.1986, fundada ainda por um leigo teólogo, engajado nas múltiplas atividades de uma Igreja que se abria sempre mais aos pobres e a uma caminhada ecumênica. Eram novos ares e se buscava estar em sintonia com as grandes e evangélicas inspirações do Concilio Vaticano II e com as proféticas luzes vindas da III Conferência do Episcopado Latino Americano em Puebla. No plano político a sociedade brasileira se abria para novos caminhos após o fim da ditadura militar e no começo da chamada Nova República com a solidificação do processo democrático. Mas o Brasil tinha uma legião de pobres e excluídos e a Fraternidade desde o seu primeiro momento colocou-se junto a eles, primeiramente no Rio Grande do Sul, expandindo-se posteriormente para os estados da Bahia, Minas Gerais e por último nas periferias da capital paulista, cenários típicos de missão.

Quis o Bom Deus, através de Dom Sinésio, vindo ele a tornar-se o 2º Bispo de Santa Cruz do Sul, que a Fraternidade chegasse aqui. Santa Cruz do Sul tornou-se a “base de lançamento” da nova Fratrenidade. Desde a Paróquia Espírito Santo na primeira década da Fraternidade e paralelo a ela, a criação do Vale de Nazaré, a Fraternidade estendeu suas mãos e sua ação solidária a muitos outros lugares e até há outros países. A obra é do Senhor, e caso não fosse, há muito tempo já teria sucumbida.

Fica aqui para inúmeras pessoas e organizações desta ativa comunidade Santa Cruzense nossa gratidão fraterna por associarem e aliarem à ação solidária da Fraternidade junto aos pobres e sofredores. Na semana que passou a Fraternidade recebeu uma homenagem da Câmara de Vereadores em reconhecimento a sua ação missionária solidária.
Agradeço pessoalmente a Dom Sinésio Bohn, a quem temos reverência, que por duas décadas foi nosso Bispo Referencial. A partir dos novos tempos e novas frentes de missão, a Fraternidade desde outubro de 2010 tem sua sede canônica na Diocese de São Miguel Paulista, na grande São Paulo e Dom Manuel Parrado Carral como o seu bispo referencial.

Nosso obrigado e Dom Canisio Klaus, que fraternalmente acolheu nosso pedido para presidir esta santa missa dos 25 anos da Fraternidade, e que de forma fraterna também deseja que a Fraternidade mantenha sua missão junto aos pobres aqui em Santa Cruz do Sul;
                        
Na última sexta-feira encerramos nossa 1ª Assembléia Sinagogal, que por 10 dias, avaliou sua caminhada e pensou em muitos aspectos para seu futuro. Nessa 1ª Assembléia Geral podíamos contar com assessorias qualificadas de pessoas queridas vindas da Alemanha e de Brasília. O Bom Deus nos sinaliza muitos aspectos a serem agora abraçados para a caminhada, o fortalecimento e até mesmo a purificação do nosso carisma na Mãe Igreja.

Com o lema do nosso Jubileu: “Esperanças na Caminhada, com a Bíblia na Mão para a Missão”, queremos, inspirados no que pediu o Senhor a Moisés em Ex 14,15 - rumar para o futuro. “Moisés, porque clamas por mim? Diga ao povo que avance!”. Avançar em direção aos novos desafios, sabendo que a missão não é empresarial, mas antes de tudo espiritual, deve ser agora nossa 1ª atitude.

Obrigado a todos e a todas que das mais diferentes formas ajudaram nesses 25 Anos de construção do Carisma da Palavra e da Missão. Obrigado também aos que não ficaram na Fraternidade. Aquilo que fizeram de coração e reta intenção ajudará a Fraternidade no seu futuro. Obrigado especialmente por toda a ajuda que vem através da oração de tanta gente de perto e de longe.

Aqueles que ajudam a missão na Vinha do Senhor ajudam ao próprio Senhor, o dono da Vinha. Quem ajuda ao missionário receberá também das bênçãos que Deus derrama sobre o missionário.

Que nossa Senhora, Mater Verbi, a Mãe da Palavra, nos abençoe para o novo futuro que se inicia agora após esta celebração.

Após esta santa missa, ainda podemos no Pavilhão da Catedral, num fraterno jantar, dar um abraço aos muitos amigos e amigas que chegaram aqui hoje de Irái, São Leopoldo, Porto Alegre e São Paulo. Itapuca, Muçum, e Encruzilhada do Sul. A todos que aqui chegaram nossa gratidão, nossa estima e preces fraternas. Amém. Obrigado!

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