Mutirão Ecumênico -
Inicia hoje e vai até o dia 28, no Centro Mariápolis em São Leopoldo, o 6º Encontro de Agentes para o Ecumenismo do Sul do Brasil, chamado de Mutirão Ecumênico. A promoção é do CONIC (Conselho Nacional de Igrejas Cristãs), CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) e CLAI (Conselho Latino Americano de Igrejas). O tema é “Unidos em Cristo na defesa da Criação”. Um dos objetivos é “refletir sobre o Meio Ambiente e a defesa da Criação”. Dom Sinésio Bohn que responde pela pauta ecumênica do Conic no sul do Brasil estará presente com outras lideranças eclesiais da diocese de Santa Cruz do Sul-RS;
Para muitos teólogos hoje, tais encontros não passam de bons momentos de convivência “pacífica” onde de fato não se trata das reais questões de fundo e até gravíssimas que continuam mantendo os cristãos históricos acuados em seus “nichos” ao lado de uma avalanche do pentecostalismo agressivo e militante, que segundo dados de pesquisas sérias, recentemente publicadas na grande mídia, atraem milhões de pessoas esvaziando sempre as tão cansadas igrejas cristãs históricas.
Há novos temas neste tempo que entram na caminhada ecumênica e que necessariamente – ou forçosamente - farão que se mude as velhas “pautas de sempre”. Tem gente tanto na Igreja Católica Romana como em algumas Igrejas da Reforma que não consegue esconder o mal estar, quando lideranças de peso da Reforma anda propondo que o Papa seja de fato nomeado como porta voz de todo o cristianismo no mundo, buscando assim dar maior peso e recuperando em algumas nações a autoridade ética e moral dos cristãos. Tem coisa “quente” que tá vindo por aí nos próximos anos.
Como a UNIDADE não é um projeto humano, mas que vem do coração de Jesus horas antes de entregar sua vida na cruz - João 17 - torcemos pelo êxito do 6º Mutirão Ecumênico e que o Santo Espírito possa provocar paixões reinocêntricas e projetos comuns mais visíveis e com maior interferência positiva no mundo dos pobres e sofredores, especialmente frente às chamadas “novas pobrezas” como fruto amargo da tão badalada Globalização, que só enchem mais e melhor os fartados bolsos dos ricos.
Não falo aqui a partir de uma sala com grosso tapete e asséptica, mas de humilde lugar na periferia da capital paulista. Ainda ontem no bairro de Pirituba, aos pés do Pico do Jaraguá, visitando um centro de rápida passagem de gente vítima das mais diferentes desolações humanas, vi, senti e cheirei o “corpo” vivo de uma nova pobreza que se impõe. Vi, meio que impotente, o sofrimento humano misturado com indiferença da sociedade atual, jogado nos caminhos da dor e da morte milhares de pessoas vitimadas e desesperadas.
Homens, jovens, mulheres e crianças, lá chegam e estão. Mas a elas não chegam cristãos de nenhuma denominação. Muitos, com olhares vagos e vazios, deixavam claro que a pobreza que os afetam é antes de tudo fruto de um espírito desnutrido e perdido nas penumbras da cidade grande onde em muitos espaços não chegam nenhum tipo de luz, muito menos a luz da Graça gerada pela fé em Jesus Cristo, que sempre restaura e recupera o ser imagem e semelhança de Deus. Amém!
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