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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

O medo é o grande inimigo do amor!

SEM HUMILDADE NÃO PODE VIBRAR O VERDADEIRO AMOR!*
M: Meu Anjo, como faço para superar os meus egos do egoísmo, do egocentrismo e da arrogância?
Anjo: Surpresa! A raiz destas doenças espirituais está justamente na falta de autoestima. A autoestima tem raiz na consciência de que você é uma célula consciente do próprio Divino, criatura com quem o Divino compartilha amorosamente o poder criador. A autoestima tem raiz também naquilo que você tem chamado de consciência do Eu-E-Nós ao mesmo tempo. Ser você e ser o/a Outro/a ao mesmo tempo. Ser você e ser a comunidade, a espécie, o coletivo de vida terrena e cósmica. Ser consciente de estar interconectado – ou melhor, ser interconexão - com o/a Outro/a, com tod@s e com tudo. Esta consciência ao mesmo tempo enraíza o seu sentimento de valor próprio e te concede humildade. Esta consciência independe da condição em que você esteja vivendo em cada Agora. Você pode estar cheio de alegria, ou assaltado pela tristeza ou pela dúvida, mas o fundo do seu coração está ancorado por essa consciência de que você é uma célula única do Divino, e que você é também uma célula viva e consciente do Corpo Coletivo da Humanidade e do Cosmos. Um Corpo que está em contínua evolução, ou, mais propriamente ainda, em contínuo e sempre mais consciente desenvolvimento. E você - e cada outra célula que compõe este Corpo coletivo - é uma célula indispensável para que o desenvolvimento deste Corpo e desta Consciência coletiva prospere!
M: Que salto impressionante da autoestima para a humildade. Por favor, explique melhor!
Anjo: Sem autoestima, não há humildade. A autoestima ancora você em si mesmo e te torna consciente de todas as suas qualidades, atributos e potenciais. E também dos seus defeitos e dos desafios que se levantam para superá-los e caminhar no sentido da crescente perfeição. Ela te defende do ciúme, da inveja e do ódio.
M: Eu não havia feito esta conexão! Então o ciúme está ligado à carência de autoestima! Ele nos coloca em posição de competição com o Outro, e a competição vira uma muralha que impede a comunhão e o amor!
Anjo: Isto mesmo. É claro, então, que a carência de autoestima é o perfeito pano de fundo para que prospere o medo. E o medo é o grande inimigo do amor! Voltaremos ao medo noutra conversa. Agora, falemos da humildade. A humildade permite que você reconheça seus erros sem perder sua autoestima, sem se deprimir por um ilusório sentimento de culpa, tomando o erro com simplicidade como trampolim para não errar mais. Assim, e ainda mais importante, a humildade te induz a antecipar-se, evitando erros em que já incorreu antes. Repare como a conexão autoestima–humildade–amor é como uma espiral ascendente! Mas ela não é dada sem esforço. É preciso fazer um trabalho contínuo em si mesmo, em cada instante do seu cotidiano, para fazer brotar e florescer esta espiral, como uma flor que gradualmente vai se abrindo e vai irradiando a luz que gera em si.
M: Apesar tudo que já vivi, percebo o quanto ainda tenho que trabalhar em mim para consolidar esta consciência e torná-la operativa na prática!
Anjo: Antes de consolidar, é preciso você metabolizar esta tríade, transformá-la em si próprio. Vejamos um passo mais deste diálogo. A humildade permite que você se coloque transparente diante do/a Outro/a, para realizar uma comunicação em profundidade com ele/a, ambos despidos de toda defesa dos seus egos. Esta transparência é uma espécie de transfiguração que vocês se presenteiam a si mesm@s e um ao outro. É na transfiguração que vocês podem então, entrar num estado de comunhão, de união profunda com o/a Outr@. Sem humildade você não está em condições de acolher o/a Outr@ nem a Vida que o/a Outr@ traz. Portanto, sem humildade não pode vibrar o verdadeiro amor. Jacó lutou com o Anjo até o amanhecer. Você deve lutar comigo para que os seus egos vão dando lugar a esta tríade libertadora, pois assim você vai certamente atingir a sua aurora.
M: E no plano social, quais as conseqüências da vivência desta tríade libertadora?
Anjo: Você se torna cada vez mais um educador-educando, um líder humilde, que aceita poder e autoridade não como instrumentos hierárquicos, que te colocam acima d@s outr@s, mas, ao contrário, que te colocam abaixo d@s outr@s, servindo-lhes de apoio e sustento até que possam caminhar por si própri@s. Servir em comunhão é o que Jesus vivenciou e deu como herança para você e para a humanidade inteira. Ele ofereceu o exemplo de como ser liderança a serviço do/a Outr@. Você só pode ser liderança autêntica quando se desvencilha de todos os dogmas. Mas aceitar a incerteza é aprender a escutar mais do que falar, apoiar mais do que ser apoiado, abandonar a ilusão de que o saber é um caminho individual e colaborar na construção de saberes coletivos. O maior destes saberes é saber amar. E este, mais que qualquer outro, não se aprende sozinho, nem se aprende sem autoestima, sem humildade. Gratidão!
* Texto que veio do querido amigo Marcos Arruda

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